O património cultural da freguesia de Frende é muito diversificado, podendo ser visitados vários Monumentos (Cruzeiro, Capelas, Igrejas) e ainda as Festas anuais.
Situado no lugar com o mesmo nome, esta cruz monumental em pedra, está colocada sobre uma plataforma com alguns degraus e é um dos símbolos da presença da igreja católica na freguesia.
O local onde está implantado e também o denominado “Muro da Ganda”, sempre foram os sítios privilegiados para namorar, principalmente nos tempos em que era necessário manter uma distância de segurança.
Localizada no lugar do Penedo e atualmente propriedade de um particular, a capela pertenceu durante muitos anos à Quinta do Penedo.
Anualmente, abre as suas portas ao público, no dia de Domingo de Ramos, uma semana antes da Páscoa.
É junto à capela que se forma a procissão em direção à igreja, na qual os participantes empunham um ramo de alecrim e oliveira.
Localizada no lugar de Casal Dufe e atualmente propriedade de um particular, reza a história que os seus altares foram transferidos para a Igreja Matriz, após o terramoto de 1755.
Foi recuperada há poucos anos mantendo a sua fachada exterior.
A igreja paroquial de Frende, apesar do seu encanto, não é considerada um monumento histórico.
Há poucos anos foi alvo de obras e o seu altar-mor, foi recentemente restaurado.
Mesmo junto a este edifício, foi edificado o Centro Paroquial de Frende, que tem enormes potencialidades, sendo utilizado para a catequese e para eventos levados a cabo por toda a comunidade. A sua pia batismal é muito interessante e lá foram batizadas um número indeterminado de crianças.
A freguesia de Santa Maria de Frende, era abadia da apresentação da Mitra da Sé do Porto, segundo Carvalho da Costa que, neste ponto, está em desacordo com a "Estatística Parochial" de 1862 que diz ser da apresentação do padroado real.
Foi beneficiada pelo foral de Baião, dado por D. Manuel, a 1 de Setembro de 1513. Em 1839, aparece na comarca de Penafiel. Em 1852, na comarca de Soalhães e, em 1878, na de Baião. Comarca eclesiástica de Sobretâmega – 3.º distrito (1856) e 2.º distrito (1907). Vigararia de Baião (1916; 1970).
Fábrica da Igreja Paroquial da Freguesia de Santa Maria de Frende - Sediada na Paróquia de Santa Maria de Frende em Baião de natureza canónica, foi constituída em 17 de dezembro de 1940.
O cemitério, actualmente, é constituído por uma parte antiga e uma parte mais recente, fruto da ampliação ocorrida há cerca de 20/25 anos.
Situadas no lugar do Paço, segundo os antepassados, foram erguidas porque, naquele local, mataram um homem e a única forma de colmatar esse crime era deixar lá uma esmola que depois era recolhida e levada para a Igreja.
Localizada junto à estrada nacional n.º 108, actual Rua Central de Frende, esta imagem foi mandada colocar porque quase todas as terras naquele tempo tinham uma.
Contam as pessoas mais velhas da freguesia, que quando se deu a sua inauguração, ali se deslocou o vice-Presidente da Câmara e outras entidades para assistirem à cerimónia que incluiu muitas flores e foguetes.
Lançada e criada no ano de 2010, após a eleição do atual Presidente da Junta de Freguesia, esta festa/iniciativa pretende divulgar e valorizar o papel das cestas de Frende.
A intenção era criar algo de diferente e grandioso, mas os apoios recolhidos nem sempre foram aqueles que se pretendiam.
Contudo, tem-se revelado como um evento importantíssimo para a dinamização do comércio local, onde se incluem as cestas de Frende.
A Festa da Padroeira, Santa Maria de Frende, comemora-se no dia 07 de Outubro e é sempre um momento de enorme alegria e animação. É a maior e mais bela manifestação anual da vontade popular.
A freguesia fica engalanada e enche-se de encanto para receber todos os frendenses e visitantes. Por norma o programa da festa é muito diversificado e de grande qualidade, não faltando os grupos de música popular, os ranchos folclóricos e o fogo de artifício. A iluminação é sempre moderna e atrevida, enchendo de luminosidade toda a freguesia.
O momento mais alto, vive-se sempre no Domingo mais próximo do dia 7 de outubro, com a realização da majestosa procissão em honra da Padroeira. Os seus admiráveis andores, feitos com flores vistosas e deslumbrantes, são acompanhados pelas figuras bíblicas, pela imprescindível banda de música e pela fanfarra.
A Festa da Padroeira, é o evento que mais pessoas traz à freguesia, onde se incluem todos os frendenses espalhados pelo mundo. Na verdade, vivem-se na freguesia, normalmente, 3 dias de grande alegria, felicidade e saudosismo.
No alto do Castelo, existe uma pequena Capela erigida em honra de São João, que constitui uma das mais interessantes e valiosas estações arqueológicas da região. Segundo Ferreira de Almeida, que aí fez escavações em 1973, é possível que, à semelhança de outros castelos romanos que eram construídos junto a rios navegáveis, aqui existisse uma fortaleza. Contudo, para além de algumas pedras romanas mal definidas, a única referência existente à fortaleza é o topónimo “Castelo”.
No primeiro quartel do século XX, Leite de Vasconcelos, descobriu embutidos na parede da Capela de São João, dois blocos de granito contendo baixos-relevos numa das faces que, segundo ele, teriam feito parte do friso de um monumento, provavelmente, um templo.
Perto desta Capela, foi encontrado um fragmento de uma tampa de sepultura paleocristã decorada com mosaico, datado do século V, correspondente ao terço central da tampa com tesselas de quatro cores distintas, sendo considerado o único mosaico existente em Portugal com motivo declaradamente cristão. Como se disse, é composto por “tesselae” (pequenos fragmentos de minerais ou vidro coloridos) de quatro cores diferentes e ostenta, um cântaro litúrgico e uma inscrição na qual se lê: “Palladi vivas Eusebio”. Schlunk e Alarcão, acentuam as origens norte-africanas da peça, embora Ferreira de Almeida e Mário Barroca, o julguem de fabrico local com influências africanas.
Os trabalhos arqueológicos de Ferreira de Almeida, em 1973, revelaram a existência de sepulcros medievais de três fases distintas, uma das quais paleocristã, composta por sepultura de planta retangular, com paredes formadas por lages de granito e leito de tégulas. Foram também encontradas, cinco covas abertas no solo, de contorno sub-retangular e sepulturas escavadas nos afloramentos graníticos das imediações da Capela de São João, datáveis da época da reconquista (século IX – XI).
Ao longo dos tempos, Frende surgiu citada em vários documentos, assumindo diversas grafias. Quanto à sua etimologia, parece ser de origem germânica e alti-medieval.
O santuário de S. João de Frende, na rua do Castelo, data da idade do ferro e foi descoberto aquando de uma escavação arqueológica realizada em 1973 e dirigida por Carlos Alberto Ferreira de Almeida. Nessa investigação foram descobertos enterramentos de duas épocas distintas. Algumas das sepulturas descobertas continham ainda alguns restos de ossos. Quatro outras sepulturas, escavadas na rocha, apresentavam vestígios paleocristãos (provavelmente do período da Reconquista Cristã), o que significa que o local foi habitado durante muitos anos. Para além da arqueologia, a toponímia vem também na direção da teoria da antiguidade da freguesia.
Este local acaba por ganhar uma certa importância por ser um local onde é possível observar a transição do Paganismo para o Cristianismo.
Neste lugar existia, sob a capela de São João Baptista, um edifício cultural tardo- romano, provavelmente reutilizado na Época Paleocristã. Tal datação é justificada pela presença, nos alicerces do edifício, de pedras almofadadas e de dois pedaços de fuste, em granito, provavelmente tardo romanos ou alti-medievais.
No local onde atualmente se encontra a capela poderia ter sido um provável templo pagão, posteriormente reaproveitado e transformado em local de culto cristão. Tal pode ser justificado, não só pelo aparecimento duma tampa sepulcral, como também pelas sepulturas situadas muito próximas dos alicerces, já que a inumação dentro ou nas proximidades dos locais de culto era uma prática muito comum na Época Paleocristã.